Terça-feira, 2 de Março de 2010

Força

No meio do imenso trabalho em que estou envolvido nos últimos tempos (com consequências visíveis neste blog!) não poderia deixar de manifestar a minha solidariedade a todos os Açorianos, especialmente os Micaelenses, que sofreram com o temporal de ontem. Infelizmente, a mesma natureza que nos proporciona as paisagens magníficas das nossas ilhas também, de quando em vez, mostra toda a sua fúria.

Mais que os prejuízos materiais há a lamentar as perdas humanas. Contudo como ilhéus que somos saberemos ultrapassar, mais uma vez, esta difícil situação.

Gostaria, ainda, de enviar o meu apoio a todas as entidades que estão envolvidas na resolução desta ocorrência.

Força Açores!

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publicado por Hélder Almeida às 12:17
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Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009

Toxicodependência

A toxicodependência e o combate a este flagelo têm merecido a atenção de várias figuras laranjas que "tão generosamente são acolhidas no seio de um determinado jornal da nossa praça". Desde acusarem o governo regional de ser responsável por este problema até à apresentação de pseudo-medidas que mais não são do que acréscimos de verbas sem se dizer o que com elas fazer.

Na minha opinião o problema está mais a montante. Todos os esforços terão de ser dirigidos para a formação das pessoas desde a sua infância. Numa sociedade em que cada vez mais temos pais irresponsáveis que delegam todos os deveres de educação dos filhos nas escolas entendendo-as como "depósitos de meninos" é urgente que se aposte na sensibilização, informação e formação cívica e cultural das crianças e jovens desde cedo, alertando-os para os perigos dos caminhos da droga. Contudo há uma outra dimensão que escapa a muitos "pensadores" e que tem uma importância determinante na luta contra a toxicodependência. Muitos dos jovens de hoje são fracos. Fracos nos valores, fracos na coragem, fracos na determinação, fracos na RESPONSABILIDADE. Grande parte dos jovens tem um percurso de crescimento marcado por uma formação pouco exigente, nunca definindo objectivos, nunca assumindo responsabilidades, construindo uma personalidade desprovida de princípios, de convicções, de valores. São estes jovens  sem hábito de enfrentar as dificuldades, sem hábito de assumirem as suas decisões que constituem a maioria daqueles que à mínima dificuldade e contrariedade enveredam por comportamentos que muitas vezes levam à toxicodependência. 

Deste modo há que colmatar as actuais falhas do sistema "treinando" e criando rotinas nos nossos jovens de exigência, de responsabilidade, de decisão, tornando-os verdadeiros resistentes a esta que sem dúvida é a mais grave problemática da juventude Açoriana. Mais que discutir se são 500 ou 800 mil € que estão no orçamento reservados à luta contra a toxicodependência há que introduzir políticas de fundo.

Basta de sermos um povo que se limita a políticas de "remendo", temos de passar às verdadeiras políticas estruturantes.


publicado por Hélder Almeida às 18:53
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Sábado, 11 de Julho de 2009

Festas...

Neste fim-de-semana decorrem as Festas do Espírito Santo em Ponta Delgada. Embora esse tipo de manifestação esbarre nas tradições da nossa ilha do arcanjo, mais relacionadas com os Impérios locais em cada freguesia, não deixam de ser uma boa oportunidade de convívio e demonstração, principalmente no desfile etnográfico, de algumas práticas do antigamente.

Lamenta-se o facto que os concertos a realizar decorram na Praça Vasco da Gama, ao invés de se realizarem no grande "anfiteatro" exterior das Portas do Mar que apresenta melhores condições para a realização deste tipo de eventos. É de condenar que a Câmara Municipal de Ponta Delgada não faça uso das excelentes infra-estruturas que o Governo Regional dotou a maior cidade dos Açores. Tenho a certeza que o brilho da senhora "mordoma" não ficaria ofuscado se alargasse estas festas também às Portas do Mar.

Terminando desejo que as festas corram pelo melhor e que o tempo a isso ajude!

 

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publicado por Hélder Almeida às 10:16
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Sábado, 16 de Maio de 2009

Festas

Já se vivem as festas do Senhor!

Festas maiores da ilha do arcanjo onde a penitência e o divertimento andam quase de mãos dadas. É inquestionável, para crentes e não crentes, que à volta daquela simples imagem adornada com ofertas simbólicas de gratidão à ajuda divina há qualquer coisa de especial. Ninguém fica indiferente àquele olhar penetrante do Senhor Santo Cristo, sinal de esperança, de fé, de crença para muitos Micaelenses e Açorianos de além-mar.

Mas nem só de manifestações de fé vivem estas festas, as tasquinhas, os cheiros, os sabores desde a morcela às lapas, dos caranguejos às favas...e os tremoços e os galinhos de açúcar que fazem, juntamente com as carrocinhas de madeira e os balões, a alegria dos mais pequenos.

Quero ainda destacar o trabalho desenvolvido pelo sítio de internet www.tv.azoresglobal.com ao transmitir para todo o mundo alguns dos principais momentos destas festas, trabalho especialmente útil para quem, como eu, não pode estar em São Miguel nesta quadra. De lamentar que a RTP, não a RTP-Açores mas a nacional, não disponibilize na sua página a transmissão online dos directos produzidos pela RTP-Açores que segundo sei está a levar a cabo mais uma excelente cobertura das festas, nem tenha transmitido na RTP-Internacional em directo a mudança da imagem que hoje se realizou.

Por fim só me resta desejar que as festas corram pelo melhor e que sejam, mais uma vez, uma das maiores manifestações da cultura e identidade do Povo Açoriano.

 


publicado por Hélder Almeida às 19:06
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Domingo, 22 de Março de 2009

Mudemos!

Portugal está a passar por um momento crucial da sua história. A "maldita" crise não implica apenas prejuízos, abre, igualmente, um conjunto de oportunidades. A hora é esta, as grandes decisões têm de ser tomadas agora, não a pensar no curto prazo mas no médio e longo prazo. Sugeria, assim, que se começasse pela educação. É necessário acabar de uma vez por todas com este estado de alma tão nosso: "o nacional porreirismo". Temos de criar uma cultura, uma sociedade de rigor, de excelência, e isso começa pela educação. De que me vale ter alunos 12 anos na escola se praticamente são "levados ao colo" durante este período. Olhemos para os alemães, ingleses, nórdicos, todos povos verdadeiramente de primeira água, e constatamos que o rigor é incutido nos cidadãos desde cedo nas escolas, formando uma sociedade forte e, por conseguinte, capaz de melhorar sucessivamente as suas condições de vida.

Temos de deixar de querer ser "gajos porreiros" e passarmos a desejar ser os melhores naquilo que fazemos, mesmo que para isso tenhamos de denunciar aqueles que falham, muitas vezes propositadamente, nas suas funções. Nas escolas o fixe não pode ser copiar pelos colegas, mas sim chegar aos testes e conseguir uma boa nota através de um estudo rigoroso e planeado, no emprego os "espertos" não podem ser aqueles que enganam os patrões, antes os que atingem níveis de excelência contribuindo para o desenvolvimento social. Na política as ideias e a missão têm de ser mais importantes que o simples interesse em atingir determinado cargo.

Quero com tudo isto dizer que o cerne do problema da viabilidade de Portugal enquanto país reside nesse "nacional porreirismo" que não nos deixa evoluir, que não nos deixa crescer, que nos empurra cada vez mais para a cauda da Europa e do Mundo. É urgente mudar o nosso paradigma social. Assim os nossos governantes têm a liberdade de escolher se querem ser recordados como grandes estadistas ou como simples interesseiros que apenas buscavam o sucesso num qualquer acto eleitoral perto de si. Fujamos das propostas fáceis e eleitoralistas, avancemos com medidas de rigor, de excelência, de exigência.

 

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publicado por Hélder Almeida às 20:12
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Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009

Guerra dos mundos

Hoje, numa reportagem da RTP, via-se um miúdo do interior de Portugal, que na sua ingenuidade dizia que quando fosse grande queria ser pastor como o pai e como a avó, pois era disso que ele gostava, era isso que lhe fazia feliz. Digo isto porque na cabeça daquela criança tudo era óbvio, tudo era simples, tudo era resolúvel, e porquê? Porque ele enquanto criança é o expoente da simplicidade, da verdade, da limpidez. No seu mundo tudo se ultrapassa sem o mínimo problema. Contudo poucos minutos antes vi, já no mundo dos grandes, dos esclarecidos, dos senhores isso e aquilo, dos especialistas em questões económicas, bélicas, científicas, sociais... notícias que davam conta do ataque de Israel à Palestina, da pálida resposta dos palestinianos aos israelitas, que davam conta de um senhor que depois de, alegadamente, ter desviado milhões que não eram seus se achou no direito de não abrir a boca perante os deputados eleitos pelos portugueses e esses, na sua maioria, não ficaram sequer indignados com esta postura, notícias que davam conta de mais desemprego, notícias que davam conta...

Perante estas duas realidades quem está mais certo? Qual dos dois mundos é o mais correcto? O mundo do politicamente correcto, do senhor doutor e do senhor engenheiro, o mundo das complicações, das meias palavras, do jogo do empurra de responsabilidades, o mundo dos crescidos; ou o mundo da verdade, da simplicidade, da objectividade, de uma só palavra, o mundo daquela criança?

Quem dera que nós pertencentes ao mundo dos crescidos tivéssemos 1/3 das características do mundo daquele menino, que apenas quer ser pastor, como o pai e a avó, quando for grande!

 

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publicado por Hélder Almeida às 23:21
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Segunda-feira, 1 de Dezembro de 2008

Dia de lutas...

Este é um dia duplamente importante a dois níveis: nacional e internacional.

A nível nacional deve-se assinalar a Restauração da Independência levada a cabo em 1640 depois de 60 anos de domínio da dinastia dos Filipes. Data marcante que devolveu os destinos de Portugal aos portugueses e que iniciou aquela que seria a última das dinastias da monarquia portuguesa: a de Bragança.

Por outro lado há a destacar e realçar a comemoração do dia Mundial de Luta contra  a Sida. A doença das doenças do século XX continua em força no século XXI. Apesar dos avanços no tratamento a doença continua a levar a melhor, não há cura, afecta todas as classes sociais, etárias e económicas, destrói ainda mais a pouca esperança de vida da população do continente africano. É urgente continuar o trabalho de consciencialização para a adopção de práticas saudáveis e preventivas evitando-se a todo o custo comportamentos de risco. Por fim uma palavra contra a discriminação. Basta de preconceito, temos de ajudar, apoiar aqueles que infelizmente têm mais esta luta para vencer.

 

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publicado por Hélder Almeida às 12:44
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Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Libertinagem

Esta semana a igreja Matriz de Ponta Delgada foi o alvo da, ao que tudo indica, "criatividade" de uns certos meninos.

Quer queiram, quer não tudo isto é o fruto da nossa sociedade.

Na televisão as séries dirigidas aos mais jovens deturpam a realidade. Nelas passa-se a mensagem que quem estuda, quem trabalha, quem tira boas notas é o vulgo "totó", que o fixe é andar a grafitar muros, faltar às aulas, tramar o colega na eleição da associação de estudantes, beber que nem uns alarves, e quem sabe até experimentar a fumar substâncias menos próprias. É impressionante, os jovens destas séries nunca estudam, passam todos de ano mas nunca ninguém os vê a estudar.

Contudo, não se pode colocar todas as culpas na televisão. Ao longo dos anos transmitiu-se a ideia de facilitismo na educação em Portugal, e pior, o desrespeito pela figura do professor. Não sou apologista de extremos como a violência que existia no ensino durante a ditadura, mas também não tolero o estado actual das coisas. O professor quase que tem de ter medo dos alunos, pois se dá um puxão de orelhas ou um aperto no braço a um miúdo, não só se arrisca a ser alvo de um processo como pode levar com os paizinhos (muitos deles que só aparecem na escola nestes casos demonstrando o seu desinteresse pelos filhos, como dizia a D. Benta, e bem, hoje no Correio dos Açores), irmãos, tios, avós e periquito, caso exista.

Por fim há os pais. Sempre tive boas notas e nunca recebi nenhuma compensação especial dos meus pais, melhor, sempre tive o que de melhor eles podiam dar: uma educação irrepreensível, a noção de respeito pelo outro, afecto e acompanhamento. Hoje os pais dão tudo (menos o que realmente interessa), vivendo-se numa espécie de chantagem permanente, ora são os pais que ameaçam: só tens isso se fizeres aquilo; ora são os filhos: se o pai quer que eu faça isso tem de me dar aquilo. Essas crianças e jovens que crescem neste tipo de relação o que serão no futuro? Decerto que não serão adultos responsáveis.

Tudo isto para dizer que não me admiro com estes, cada vez mais frequentes, actos de vandalismo. Vandalismo resultante da falaciosa noção de liberdade em que os jovens, actualmente, crescem. Grande parte dos jovens de hoje não vive em liberdade mas sim em LIBERTINAGEM. Ser livre é ser responsável, é ter sobre si o peso da responsabilidade de se construir o melhor possível enquanto pessoa, é sentir a responsabilidade de ter de ser o melhor exemplo para todos os que o rodeiam. Só com um pensamento e um agir responsável é que todos nós poderemos ser inteiramente livres, e poderemos fazer com que situações como a que inspirou este post se deixem de verificar.

Liberdade e Responsabilidade são ambas faces da mesma moeda, sendo, por conseguinte indissociáveis.

 

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publicado por Hélder Almeida às 18:57
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Domingo, 23 de Novembro de 2008

Só visto!!!

Só em Portugal! Num simulacro, que como o nome indica pretende simular a realidade, os bombeiros chegaram a uma estação de metro para socorrer as vítimas de um descarrilamento provocado por um sismo antes do sismo ocorrer.

É triste que nas poucas operações deste tipo que se fazem em Portugal se cometam este tipo de erros graves.

Já agora também seria útil que nós Açorianos estivéssemos mais atentos a este tipo de actividades. Devíamos ter uma atitude em tudo idêntica à do Japão no que concerne à realização de simulacros de sismos. É necessário que nas nossas escolas, hospitais, superfícies comerciais se realizem estas actividades de forma regular e não esporadicamente como hoje se verifica. É urgente que se crie esta mentalidade de prevenção, de alerta ao invés da tradicional atitude do coitadinho depois das catástrofes e das desgraças.

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publicado por Hélder Almeida às 13:12
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Sábado, 1 de Novembro de 2008

Non abbiate paura

Já foi há 30 anos que João Paulo II proferiu a sua primeira homilia como líder da Igreja Católica. As suas palavras ficarão para sempre associadas à frase Non abbiate paura - Não tenhais medo. Que sábias palavras, hoje o mundo vive num clima de medo, medo da crise, de uma crise que todos ouvem falar mas que o comum dos mortais tem dificuldade em perceber quem e como a originou. Contudo num mundo de assimetrias a crise mais cedo ou mais tarde vem à tona, num mundo de prioridades invertidas, num mundo preocupado com tudo menos com o essencial, a crise será sempre incontornável. Por isso, hoje mais que nunca as palavras de João Paulo II fazem sentido, não tenhais medo. Não tenhais medo de assumir as vossas responsabilidades na luta por um mundo melhor, não tenhais medo de se opor contra a injustiça, não tenhais medo de levantar a voz e denunciar a desigualdade de oportunidades, de denunciar a pobreza, de chamar a atenção dos "senhores do mundo" para o sofrimento que milhões de pessoas passam todos os dias. Qual crise económica, a crise que está aí é a crise de valores. Se valores existissem os "senhores" que conduziram o mundo a mais uma crise não o teriam feito, os "senhores" especialistas da alta finança que brincaram a seu belo prazer e proveito próprio com milhões e milhões de euro enquanto outros nem 1 euro por dia tinham para sobreviver não o teriam feito, se valores existissem o mundo unia-se não só para fazer a guerra mas, e sobretudo, para acabar com ela e com a extrema pobreza que assola boa parte do planeta.

Por isso só me resta dizer: Non abbiate paura.

 

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publicado por Hélder Almeida às 19:25
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