Já há alguns anos que as comemorações do dia da Autonomia não se viam envolvidas numa polémica como a que agora se levantou a propósito da condecoração ao General Altino Pinto de Magalhães.
Na minha opinião é uma polémica sem fundamento, ou melhor, sem uma causa maior justificativa do alarido por aí levantado. É certo que o senhor ordenou algumas prisões aos mentores do 6 de Junho, mas estes factos têm de ser encarados à luz do seu tempo, aquele movimento era fundamentalmente um movimento separatista, o qual também estava enquadrado no espírito pós 25 de Abril, e cabia ao representante do estado controlar esta situação. Não que concorde com as arbitrariedades das prisões efectuadas, mas, também, não acho correcto a passagem da ideia para a opinião pública por alguns fazedores de opinião (que por acaso até são parte interessada no assunto) que os responsáveis pelo movimento do 6 de Junho são uma espécie de heróis e que os que não concordavam com a ideia separatista foram os traidores. Esta ideia é errada, tanto mais que ao longo destes 32 anos de Autonomia os Açorianos nunca mais deram provas de estarem descontentes com a sua situação política, exigindo, e bem, apenas um aprofundamento e reforço da sua Autonomia, tirando grandes proveitos do seu regime político e demonstrando que aquele 6 de Junho mais não foi que uma pretensão de um pequeno grupo de pessoas e de famílias e que nunca representou o verdadeiro desejo e anseio do povo Açoriano.
E é isto que é difícil aceitar, sentir que se está só nas ideias políticas que se tem, mas é isto que os apoiantes daquele movimento têm de aceitar, os Açorianos estão satisfeitos com a sua autonomia, embora não desarmem na luta pelo melhoramento da mesma.
Hoje somos nós que chefiamos a nossa educação, saúde, o nosso ambiente, as nossas finanças, e conseguimos isto tudo sem renegar o nosso passado comum com Portugal continental. Somos o exemplo vivo da mais gloriosa época do nosso país, somos nós que damos a verdadeira dimensão atlântica ao nosso país, e temos mais é de ter orgulho em ser simultaneamente um Povo Açoriano e um Povo Portugês. Poucos no mundo têm este previlégio!
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