Ontem, em entrevista à RTP, foi possível observar o expoente máximo do populismo em Portugal, e de tudo aquilo que abomino na vida política. Santana Lopes aparece, qual Fénix renascida, a apresentar-se como a grande mudança para Lisboa atirando meia dúzia de vacuidades para lisboeta ouvir. É no mínimo displicente como um homem que teve responsabilidades gravíssimas na actual situação financeira da câmara de Lisboa venha agora aparecer, com a maior desfaçatez, enquanto solução para problemas que ele criou. É desonesto dizer que António Costa não fez obra quando todos os lisboetas sabem como deixou esse senhor as contas da câmara. Já o fez na Figueira da Foz onde quase 10 anos depois a câmara daquele concelho continua com uma grave situação nas suas contas. É desonesto apresentar-se como puritano, dizendo que não ataca os adversários quando todos sabem os boatos que lançou e alimentou, com graçolas brejeiras, sobre o actual primeiro-ministro durante as últimas eleições legislativas. É desonesto usar expressões do tipo "se Deus Nosso Senhor quiser, serei presidente da câmara" tentando aproveitar-se até da religião para fazer política, como já é seu hábito.
Mas sei que esse tipo de políticos, os fala-barato, os de paleio e de pouca acção, os levianos no estudo e tratamento dos projectos, os populistas ainda têm muita aceitação em Portugal, porque ainda uma boa parte dos portugueses quer ouvir dos políticos aquilo que lhes convém e não a verdade, não a firmeza.
É tempo de, finalmente, a boa moeda expulsar a má moeda da política, é tempo de termos pessoas sérias, de trabalho nos cargos públicos, é necessário termos os melhores nos cargos públicos e não os que falam melhor, porque as palavras o vento leva e a obra, se bem feita, fica para sempre.
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