Há muitos equívocos por parte da secretaria regional da educação relativamente ao processo de avaliação dos professores e a algumas questões fundamentais no sistema educativo dos Açores.
Em primeiro lugar começo por falar de algumas das questões estruturantes da educação. No ensino regional desde há alguns anos que está instalado um ensino que pretende ser de níveis, nomeadamente no primeiro ciclo, na tentativa de seguir o modelo anglo-saxónico. Contudo este sistema é falacioso, pois vejamos: supostamente os alunos no 1º ciclo estão num ano escolar (por exemplo 3º ano) e num nível, que poderá ser o nível 2. Com isto, e estatisticamente os alunos transitam de ano, mas ficam retidos no nível. O pior é que supostamente um aluno que está no 3º ano nível 2 não deverá estar a repetir todo o programa do 2º ano nível 2, mas na realidade é a isto que se assiste; os alunos de 3º ano nível 2 continuam na mesma sala dos colegas de 3º ano nível 3 mas com os livros e programas do 2º, ou seja, é o mesmo que não tivessem transitado de ano, contudo com esta cosmética contam como aprovações. O que os teólogos da educação esquecem (muitas vezes por desconhecimento e afastamento da realidade escolar) é que este ensino só seria eficaz se, como nos países anglo-saxónicos, as turmas fossem organizadas por efectivos níveis construindo-se programas específicos para cada ano e nível.
Futuramente irei expor mais algumas falhas do sistema de ensino.
Quanto aos professores, e não sendo professor, tenho a certeza que a maioria quer ser avaliada, mas mediante condições justas. É inadmissível que um professor no item assiduidade da sua avaliação não possa ter a máxima classificação se tiver faltado, justificadamente, por assistência à família, doença, internamento hospitalar e acidente em serviço. Uma lei destas é no mínimo pouco democrática.
Como socialista e apoiante do partido socialista fico triste por ver todo o trabalho levado a cabo pelo PS na modernização das instalações e equipamentos de ensino ser ensombrado por propostas destas, que só revelam o alheamento da realidade dos responsáveis por esta pasta.
O PS, partido da liberdade e da democracia tem o dever de continuar a modernização do ensino regional, eliminando estes aspectos menos conseguidos atrás referidos através de uma postura dialogante, pois o povo português e açoriano tem demonstrado que valoriza o diálogo e a abertura dos seus governantes às suas opiniões e anseios.
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