Portugal está a passar por um momento crucial da sua história. A "maldita" crise não implica apenas prejuízos, abre, igualmente, um conjunto de oportunidades. A hora é esta, as grandes decisões têm de ser tomadas agora, não a pensar no curto prazo mas no médio e longo prazo. Sugeria, assim, que se começasse pela educação. É necessário acabar de uma vez por todas com este estado de alma tão nosso: "o nacional porreirismo". Temos de criar uma cultura, uma sociedade de rigor, de excelência, e isso começa pela educação. De que me vale ter alunos 12 anos na escola se praticamente são "levados ao colo" durante este período. Olhemos para os alemães, ingleses, nórdicos, todos povos verdadeiramente de primeira água, e constatamos que o rigor é incutido nos cidadãos desde cedo nas escolas, formando uma sociedade forte e, por conseguinte, capaz de melhorar sucessivamente as suas condições de vida.
Temos de deixar de querer ser "gajos porreiros" e passarmos a desejar ser os melhores naquilo que fazemos, mesmo que para isso tenhamos de denunciar aqueles que falham, muitas vezes propositadamente, nas suas funções. Nas escolas o fixe não pode ser copiar pelos colegas, mas sim chegar aos testes e conseguir uma boa nota através de um estudo rigoroso e planeado, no emprego os "espertos" não podem ser aqueles que enganam os patrões, antes os que atingem níveis de excelência contribuindo para o desenvolvimento social. Na política as ideias e a missão têm de ser mais importantes que o simples interesse em atingir determinado cargo.
Quero com tudo isto dizer que o cerne do problema da viabilidade de Portugal enquanto país reside nesse "nacional porreirismo" que não nos deixa evoluir, que não nos deixa crescer, que nos empurra cada vez mais para a cauda da Europa e do Mundo. É urgente mudar o nosso paradigma social. Assim os nossos governantes têm a liberdade de escolher se querem ser recordados como grandes estadistas ou como simples interesseiros que apenas buscavam o sucesso num qualquer acto eleitoral perto de si. Fujamos das propostas fáceis e eleitoralistas, avancemos com medidas de rigor, de excelência, de exigência.
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