Para alguns iluminados o governo regional e Carlos César após concretizarem uma das mais importantes obras dos Açores das últimas décadas não tinham o direito de expressar o seu sentimento de contentamento.
Os comentários são de tal forma ridículos que acusam César de se promover à custa das Portas do Mar. Apetece-me perguntar: queriam que promovesse quem? A oposição? O PSD que enquanto governo da república não permitiu que este empreendimento se candidatasse aos fundos europeus? Durão Barroso que enquanto primeiro-ministro achava que esta obra não era crucial para uma região que vê no turismo um dos seus pilares do desenvolvimento económico?
Os mesmos que agora criticam o governo regional de desperdiçar dinheiro em inaugurações, dentro de dias vão realizar uma convenção com o homem que em Portugal mais usa dinheiros públicos e o poder público para se promover e para coagir toda uma sociedade: falo de Jardim. Os mesmos que se sentem sufocados nesta região sentar-se-ão à mesma mesa com senhores que não respeitam minimamente o órgão representativo dos eleitores: o parlamento regional.
Assim, qual é a credibilidade que esses senhores que criticam tudo e todos querem ter?
Por fim, só me resta dizer: a César o que é de César; e as Portas do Mar são o enfatizar daquilo que foi e continua a ser o espírito empreendedor do PS e de Carlos César nos últimos 12 anos.
Hoje é, sem a mínima dúvida, um grande dia para a cidade de Ponta Delgada e para a ilha de São Miguel.
Procede-se à inauguração das Portas do Mar, empreendimento do governo Regional que devolve o mar a Ponta Delgada, concretizando-se, assim, um casamento que há muito carecia de ser assumido.
Obra de grande qualidade técnica e artística, não fosse ela projectada por um dos maiores arquitectos portugueses: Manuel Salgado.
Deste modo, só me resta felicitar os responsáveis políticos, na figura de Carlos César, que tiveram a coragem de abraçar e concretizar esta estrutura, com a certeza que será sinónimo de um indiscutível desenvolvimento do turismo de qualidade até agora promovido por este governo regional.
Dos noticiários até ao que se vê andando pelas ruas salta à vista uma sociedade que se está cada vez mais a degradar, não só a nível financeiro, mas, e sobretudo, a nível dos valores, a nível das convicções e da ideologia.
Poderia alvitrar mil e uma razões para essa decadência contínua e decrescente, contudo apenas analisarei aquela, que na minha opinião, é a fulcral: o errado conceito de LIBERDADE.
Para grande parte das pessoas e para muito dos jovens a ideia que se transmite é que a liberdade é essencialmente poder dizer-se o que se quer e fazer quase tudo o que se desejar. No entanto, o erro começa aqui, começa na dissociação daquilo que é indissociável: a LIBERDADE e a RESPONSABILIDADE.
Pessoalmente não concebo uma sem a outra. Assim, discordo por completo de teorias que promovam a desresponsabilização das crianças e dos jovens apenas por serem demasiado novos. O que temos hoje é uma sociedade que foi educada mais na liberdade que na responsabilidade quando as duas deveriam de andar sempre de mãos dadas.
A este propósito gostaria de realçar alguns dos pensamentos defendidos por Jean-Paul Sartre, o qual defendia que cada um, individualmente, deveria chamar a si a responsabilidade de ser o exemplo daquilo que considera ser melhor para todos, para toda a sociedade. E é neste sentido que nos devemos ir moldando, é fazendo as nossas escolhas, sabendo que são elas que nos constroem, sempre com o "peso" da responsabilidade de estarmos a construir o melhor exemplo possível para os outros, assumindo assim também a responsabilidade da construção dos outros enquanto pessoas. Não é fácil assumir toda essa responsabilidade, mas é a única forma de conseguirmos evitar o completo descalabro da nossa sociedade.
Um vizinho terceirense desta blogosfera num acto de glorificação do seu mais que tudo presidente do PSD Açores - Costa Neves - afirmou num dos seus escritos que Carlos Costa Neves sabe o que quer para os Açores e sabe o que os Açorianos querem para os Açores. Perante isto, resta perguntar: será que em 2005 ele também sabia o que os habitantes de Portalegre queriam para Portalegre? E mais, será que ele sabia o que queria para a sua segunda terra, Portalegre?
Na opinião dos eleitores de Portalegre ele de facto não sabia o que eles desejavam para o seu distrito, e tanto assim foi que a lista por ele encabeçada para aquele distrito nem um deputado conseguiu eleger.
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