Hoje, numa reportagem da RTP, via-se um miúdo do interior de Portugal, que na sua ingenuidade dizia que quando fosse grande queria ser pastor como o pai e como a avó, pois era disso que ele gostava, era isso que lhe fazia feliz. Digo isto porque na cabeça daquela criança tudo era óbvio, tudo era simples, tudo era resolúvel, e porquê? Porque ele enquanto criança é o expoente da simplicidade, da verdade, da limpidez. No seu mundo tudo se ultrapassa sem o mínimo problema. Contudo poucos minutos antes vi, já no mundo dos grandes, dos esclarecidos, dos senhores isso e aquilo, dos especialistas em questões económicas, bélicas, científicas, sociais... notícias que davam conta do ataque de Israel à Palestina, da pálida resposta dos palestinianos aos israelitas, que davam conta de um senhor que depois de, alegadamente, ter desviado milhões que não eram seus se achou no direito de não abrir a boca perante os deputados eleitos pelos portugueses e esses, na sua maioria, não ficaram sequer indignados com esta postura, notícias que davam conta de mais desemprego, notícias que davam conta...
Perante estas duas realidades quem está mais certo? Qual dos dois mundos é o mais correcto? O mundo do politicamente correcto, do senhor doutor e do senhor engenheiro, o mundo das complicações, das meias palavras, do jogo do empurra de responsabilidades, o mundo dos crescidos; ou o mundo da verdade, da simplicidade, da objectividade, de uma só palavra, o mundo daquela criança?
Quem dera que nós pertencentes ao mundo dos crescidos tivéssemos 1/3 das características do mundo daquele menino, que apenas quer ser pastor, como o pai e a avó, quando for grande!
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