Sábado, 31 de Maio de 2008

O clarificar das águas

As eleições no PSD serviram para clarificar as águas.

Por um lado, para os mais distraídos, demonstraram a verdadeira personalidade política de Passos Coelho: um oportunista e carreirista que apenas se apresentou para garantir cadeira ou tacho num futuro grupo parlamentar ou governo de Ferreira Leite.

Por outro um Santana Lopes igual a si próprio, felicitando num segundo a vencedora mas no seguinte afirmando subtilmente que se os estatutos permitissem um segunda volta a coisa seria diferente.

E por fim uma Manuela Ferreira Leite que representa o regresso ao Cavaquismo puro e duro, muito credível no que defende, residindo o problema no projecto por ela defendido: a obcessão pelo défice.

Partindo do princípio que Ferreira Leite vai até 2009 e que José Sócrates mantém a sua linha de acção, em Outubro de 2009 os portugueses ao votarem poderão decidir atirando uma moeda com duas faces iguais, ou até filosofando por analogia com a célebre e enigmática questão: o que apareceu primeiro o ovo ou a galinha, neste caso Sócrates ou a Manuela Ferreira Leite?

Deste modo, e como defensor do Socialismo democrático espero que o PS nacional retome, como aconselhou e bem Mário Soares, a sua matriz social, pois um Partido Socialista tem acima de tudo de defender e por em prática políticas de solidariedade social.

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publicado por Hélder Almeida às 22:57
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Sexta-feira, 30 de Maio de 2008

Força Portugal

 

 

Espero que estas imagens inspirem a selecção portuguesa. Aqui demonstra-se que podemos ser grandes na europa do futebol. O F.C.Porto, Baía e Mourinho já foram campeões europeus, agora só falta a selecção portuguesa, Ricardo e Scolari o serem...

Força Portugal, e que desta vez a taça venha mesmo e não sejamos, apenas, os primeiros dos últimos!

 

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publicado por Hélder Almeida às 17:34
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Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

PSD: Que Futuro?

O debate de ontem entre os candidatos à liderança do PSD demonstrou a grave situação em que aquele partido está mergulhado.

Não me identifico com os ideais do PSD, não fazendo, por isso, parte da área política que ele representa; no entanto, fico preocupado pois é condição necessária para se ter um melhor governo existir uma boa oposição.

Muitos diziam que Passos Coelho era o futuro e a ruptura com o passado. O que eu vi ontem foi um político com "mestrado" em populismo e demagogia barata tirado ao longo dos vários anos de liderança da JSD nos anos 90. O seu populismo e a sua demagogia ficaram a nu quando defendeu a baixa dos impostos dos combustíveis mas depois esta proposta foi refutada e com argumentos de peso até pelo até agora rei da política fácil: Pedro Santana Lopes. Passo Coelho só declamou palavras pouco consistentes, que apenas visavam a vitória nas eleições.

Santana Lopes como sempre aparece com um discurso fluído, surpreendentemente preparado nas questões económico-financeiras, contudo, já todos sabemos que após ocupar qualquer cargo deixa-se envolver por um conjunto de questões e situações de índole pessoal que em nada contribuem para a sua credibilização.

Patinha Antão, apesar de ser o menos mediático, foi no meu entender o melhor no debate, com um projecto forte, alicerçado, e ágil no ataque político, nomeadamente a Ferreira Leite. Apesar de ser certa a sua derrota julgo que é uma figura que deverá ser melhor aproveitada pelo PSD.

Manuela Ferreira Leite apesar de demonstrar grande credibilidade faltou-lhe alguma desenvoltura na resposta a Patinha Antão e Santana Lopes.

Como se costuma dizer qualquer um desses candidatos é apenas um "amanho", nunca uma solução com futuro e com possibilidade de enfrentar e derrotar José Sócrates.

 

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publicado por Hélder Almeida às 20:24
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Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

Autonomia II

Muito tem dado que falar a expressão "Povo Açoriano".

Sendo Açoriano, e portanto parte do povo Açoriano, entendo que esta expressão visava acima de tudo vincar a nossa maneira ser, a nossa cultura, as nossas particularidades, as nossas vivências muito próprias...

Erradamente a maioria dos deputados da Assembleia da República entenderam-na como ameaçadora da unidade territorial nacional. Erraram. Contudo agora estão a ter motivos para justificarem a sua decisão quando meia dúzia de independentistas, muitos deles descendentes dos primeiros mentores da FLA, quiseram, cobardemente, apoderarem-se da expressão "Povo Açoriano" para fazerem ressurgir as suas utopias separatistas nunca aceites pela maioria dos Açorianos.

De facto há um povo Açoriano que partilha usos e costumes, muitos deles com origem em Portugal continental, como aliás não poderia deixar de ser uma vez que essas ilhas foram povoadas por portugueses. No entanto, essa bonita natureza que moldou estas ilhas também foi aperfeiçoando as tradições deste povo Açoriano. Por entre vulcões, terramotos e tempestades surgiram as romarias, o Senhor Santo Cristo e a ligação extrema ao culto do Divino Espírito Santo; Sapateias, Chamarritas, Bailes Furados, Pezinhos, São Macaios, Saudades, Sol Baixinho, entre muitas outras modas; nasceram grandes poetas como Vitorino Nemésio e Natália Correia e até presidentes da República como Manuel de Arriaga. Tudo isto fez com que nascesse um Povo, não um povo no sentido separatista que alguns violadores da verdade querem fazer crer, mas o Povo equivalente ao quinto império que Fernando Pessoa preconizava, um Povo de valores, de cultura, esta é que é a verdadeira dimensão do Povo Açoriano.

Os que ainda teimam numa deriva independentista ao estilo jardinista esquecem-se que estas ilhas sempre tiveram uma forte ligação com Portugal Continental, foi assim no tempo do domínio da dinastia dos Filipes, e foi assim, por exemplo, no século XIX quando D.Pedro partiu dos Açores para lutar pelos ideais liberais contra o absolutismo imposto pelos miguelistas...

Deste modo, gostaria de ver os ânimos menos exaltados, pois no fundo o comum dos Açorianos sabe muito bem o que quer dizer a expressão Povo Açoriano e como lidar com estes senhores que teimam em fazer renascer movimentos que em nada contribuem para a melhoria da nossa autonomia e para a boa relação entre todos os Portugueses.

 


publicado por Hélder Almeida às 22:45
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Quarta-feira, 14 de Maio de 2008

Autonomia

Já há alguns anos que as comemorações do dia da Autonomia não se viam envolvidas numa polémica como a que agora se levantou a propósito da condecoração ao General Altino Pinto de Magalhães.

Na minha opinião é uma polémica sem fundamento, ou melhor, sem uma causa maior justificativa do alarido por aí levantado. É certo que o senhor ordenou algumas prisões aos mentores do 6 de Junho, mas estes factos têm de ser encarados à luz do seu tempo, aquele movimento era fundamentalmente um movimento separatista, o qual também estava enquadrado no espírito pós 25 de Abril, e cabia ao representante do estado controlar esta situação. Não que concorde com as arbitrariedades das prisões efectuadas, mas, também, não acho correcto a passagem da ideia para a opinião pública por alguns fazedores de opinião (que por acaso até são parte interessada no assunto) que os responsáveis pelo movimento do 6 de Junho são uma espécie de heróis e que os que não concordavam com a ideia separatista foram os traidores. Esta ideia é errada, tanto mais que ao longo destes 32 anos de Autonomia os Açorianos nunca mais deram provas de estarem descontentes com a sua situação política, exigindo, e bem, apenas um aprofundamento e reforço da sua Autonomia, tirando grandes proveitos do seu regime político e demonstrando que aquele 6 de Junho mais não foi que uma pretensão de um pequeno grupo de pessoas e de famílias e que nunca representou o verdadeiro desejo e anseio do povo Açoriano.

E é isto que é difícil aceitar, sentir que se está só nas ideias políticas que se tem, mas é isto que os apoiantes daquele movimento têm de aceitar, os Açorianos estão satisfeitos com a sua autonomia, embora não desarmem na luta pelo melhoramento da mesma.

Hoje somos nós que chefiamos a nossa educação, saúde, o nosso ambiente, as nossas finanças, e conseguimos isto tudo sem renegar o nosso passado comum com Portugal continental. Somos o exemplo vivo da mais gloriosa época do nosso país, somos nós que damos a verdadeira dimensão atlântica ao nosso país, e temos mais é de ter orgulho em ser simultaneamente um Povo Açoriano e um Povo Portugês. Poucos no mundo têm este previlégio!

 

 

 

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publicado por Hélder Almeida às 18:25
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

Monopólio: não obrigado!

É um facto que quando nos queremos deslocar entre os Açores e Lisboa o preço que nos é exigido pelo monopólio existente entre SATA e TAP assume contornos de exagero, sobretudo quando à simples distância de um clique podemos pela internet tomar conhecimento dos preços que essas companhias oferecem nas ligações entre Lisboa e outras capitais europeias.

Muitos acham que o segredo da diminuição do preço está nas companhias low cost. Para a maioria das pessoas a impressão que passa é que os voos low cost são mais baratos pelos menores custos que estas empresas têm com tripulações e com os reduzidos serviços por elas prestados durante os voos, isto é uma treta. Enganam-se, esta é uma parcela ínfima nas contas das low cost. O segredo dessas companhias está na sua taxa de ocupação. Estudos recentes demonstram que a máxima taxa de ocupação média que uma companhia aérea consegue ter ronda os 85%, e para que as low cost tenham lucros têm de pelo menos ter uma taxa média de ocupação de 80 a 82%. Ou seja, está-se a falar de um espaço de manobra muito reduzido, escassos pontos percentuais entre o sucesso e o descalabro. Daí que essas empresas só se dediquem a voos altamente rentáveis e nunca possam assegurar qualquer tipo de serviço público, entenda-se, neste caso, como serviço público voos em que o avião vai quase vazio, e eu próprio já presenciei a muitas dessas situações.

Assim, não creio que existisse alguma low cost a vir para os Açores cumprir contratos como os que a SATA está a cumprir.

Com isto não quero proteger a SATA. Pelo contrário,  defendo a abertura do espaço aéreo entre Açores e continente mas que as empresas que se propuserem a fazer voos entre os Açores e continente sejam obrigadas a cumprir os compromissos de serviço público. Se não eram só os voos de sexta, de domingo e  de segunda que teriam disputa de mercado.

Hoje o que temos é uma SATA e TAP que estão a exigir valores absurdos pelas viagens que realizam, já que estão confortáveis. Gerir uma empresa dessas não é difícil. É urgente criar desconforto à SATA e TAP para que estas iniciem uma nova forma de actuar, tendo de melhorar as condições que oferecem para poderem sobreviver.

Não creio que a SATA corra risco com esta abertura se optar por uma postura inteligente na análise do mercado e definição da sua estratégia. Terá de sair do comportamento, de certa forma caracterizado pela inércia, que ao longo dos anos foi adquirindo com a situação de monopólio.

Deste modo, espero que esta seja uma realidade próxima e que o governo regional dos Açores e o seu Presidente tomem as medidas necessárias para que os Açores e os Açorianos sejam sempre defendidos acima de tudo. Este governo e Carlos César já deram provas que o interesse dos cidadãos é sempre crucial na sua tomada de decisão, daí que confie que esta melhoria neste sector será implantada a breve trecho.

 


publicado por Hélder Almeida às 21:26
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